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Sete Dias de Lixo: uma proposta artística-reflexiva sobre a produção doméstica de lixo

No último domingo o SJDR Lixo Zero trouxe a série de imagens do projeto Sete Dias de Lixo do fotógrafo Gregg Segal em nossas redes sociais. A proposta do artista foi fazer um alerta para o descarte incorreto dos resíduos sólidos urbanos. Segal pediu a amigos e familiares para guardarem o lixo que produziam durante uma semana. O fotógrafo então produziu uma série de imagens das pessoas com seus resíduos.


post instagram SJDR Lixo Zero


Fotografar amigos e familiares, além do próprio Segal com sua esposa e filhos, traz para a esfera particular das pessoas a temática sobre a produção e descarte de resíduos.



Gregg Segal afirma que seu trabalho fotográfico é como uma arqueologia instantânea, uma vez que ao mesmo tempo chama atenção ao que consumimos e que diz a respeito sobre nossos valores. Ao personalizar, registrar e divulgar a questão da produção de lixo no espaço privativo das pessoas, Segal propõe uma reflexão crítica sobre o assunto. Estar diante da sua própria produção de lixo faz você refletir, afirma uma das pessoas fotografadas no vídeo abaixo.



Lixo urbano-doméstico

Nas fotografias de Segal são registrados os resíduos e rejeitos domésticos das pessoas fotografadas. O artista procurou famílias de diferentes grupos sociais para demonstrar as diferenças na produção de lixo de acordo com os modos de consumo das pessoas. Nas fotos podemos observar a variação e o acúmulo de lixo produzido em uma semana por pessoas diversas.

A composição do lixo das pessoas diz muito a respeito sobre os hábitos de consumo da mesma. Segundo o fotógrafo, algumas pessoas chegaram a esconder os resíduos produzidos com vergonha. O lixo observado nas imagens são oriundos da vida doméstica das pessoas fotografadas e ao observarmos as fotos podemos notar que boa parte do lixo produzido são embalagens de alimentos ultraprocessados e de fast-food.


E o que o seu lixo produzido diz sobre você?

Ao terminar de redigir esse texto não consigo parar de pensar sobre os dois cestinhos de lixo que tenho em casa. Um lixinho exclusivamente para a areia e rejeitos dos meus gatinhos. O outro está com os pelos da tosa da minha cachorrinha. O lixo produzido na minha casa diz respeito sobretudo aos rejeitos dos meus animais e as folhas das minhas plantas que caem durante as mudanças de estação. Basicamente não há plástico nos lixos, ao entrar como voluntária do SJDR Lixo Zero, houve uma redução muito significativa no consumo de produtos que vêm embalados. Porém ainda há um cestinho com algumas embalagens para levar para a reciclagem.

As mudanças de hábitos demandam descobrir novas formas de consumir e utilizar produtos mais sustentáveis. A partir de uma experiência artística e reflexiva sobre o próprio lixo e os hábitos de consumo, podemos repensar nas nossas escolhas e nos impactos que as nossas escolhas causam no mundo.


Já refletiu sobre a sua produção de lixo hoje?

Que tal fazer uma série de fotos e adotar novos hábitos?

 

QUEM ESCREVE:


Lidiane Villanacci é graduanda em psicologia, atualmente bolsista cnpq de Iniciação Científica na linha de pesquisa sobre diversidade funcional e mercado de trabalho, e estagiária em pesquisa sobre psicanálise, clínica e arte. Voluntária do SJDR Lixo Zero desde agosto, escreve sobre comportamento, consumismo e questões ambientais.


Contatos: Twitter ou Instagram

E-mail: lidi_villanacci@hotmail.com

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