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Foto do escritorGabriela Panhol

Plástico e Julho



PLÁSTICO

É citado por muitos como uma das maiores descobertas do século passado e é inegável a revolução que causou em nossas vidas. Produtos mais acessíveis - substituindo aqueles de origem animal; mais leves - sem o plástico, não haveria tantos automóveis nas estradas; e mais práticos - praticidade advinda da existência dos plásticos descartáveis.


Mas o que é o plástico?


É um material sintético feito de hidrocarbonetos, formados por polimerização. Segundo o Dicionário Oxford Languages, polimerização é uma reação química que provoca a combinação de um grande número de moléculas para formar uma macromolécula. No caso do plástico, essas moléculas são orgânicas (ou seja, contém o elemento carbono), provenientes principalmente do gás natural e do petróleo bruto.


Esse texto está parecendo um pouco com uma aula de química, não é? Calma que foi só até aqui, haha.


Os primeiros plásticos surgiram ainda no século XIX, feitos a partir de matérias-primas naturais, como a celulose. Passaram-se mais de 40 anos até que o plástico fosse totalmente sintético, o baquelite e o PVC, por exemplo, e ainda mais 50 anos até que fosse descoberto que era possível utilizar resíduos da indústria petroquímica para a fabricação desse material. Foi a partir dessa descoberta que o plástico começou a se popularizar e também por causa da Segunda Guerra Mundial, que demandou quantidades cada vez maiores de PVC para a isolação de cabos em navios.


Desde 1950 até hoje, mais de 9 bilhões de toneladas de plástico foram produzidas. Dos mais diversos tipos, como já foi falado em outro texto no nosso blog. E a maior parte equivale aos plásticos de uso único, como a sacolinha de mercado, o canudinho e o copo do milk-shake e por aí vai. Menos de 10% dessa quantidade foi reciclada. Além de tudo, o plástico não pode ser reciclado indefinidamente. Ao contrário do alumínio e do vidro, por exemplo, ele perde as suas qualidades conforme vai sendo reciclado.


Imagem de Hans Braxmeier por Pixabay


O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas produzidas em 2019, segundo a WWF (World Wide Fund for Nature), e essa quantidade só aumenta com o passar do tempo. Apesar de estar atrás de países como Estados Unidos, China e Índia, o Brasil chama atenção por causa da baixa taxa de reciclagem desse resíduo. Do total produzido em 2019, apenas 1,3% foi reciclado. Nos Estados Unidos e na China, esse número ultrapassa os 20% - o que ainda é pouco, mas já é bem mais expressivo que 1%.


MAPA DOS MAIORES PRODUTORES DE PLÁSTICO


Bem, essa foi apenas a introdução para termos ideia do tamanho do problema. Na verdade, verdade mesmo, não foi citado quase nada do problema…


Ainda não há estudos que comprovem tudo o que o plástico pode causar no corpo humano, temos até outro texto aqui no blog sobre isso, mas sabe-se que em 2050 haverá mais plástico do que peixes no oceano. E um dos maiores problemas sobre o plástico está no microplástico, que são partículas minúsculas de plásticos - menos de 1 cm, que são dificílimas de “coar” e tem origem dos mais diversos produtos: lavagem de roupas feitas de poliéster, decomposição de lixo plástico nos cursos d’águas, entre outros.


Há resíduo plástico onde menos se espera. Há plástico no solo, na água, no mais profundo oceano, no pico de montanhas. É um problema gigantesco. Mesmo sabendo do impacto da produção e do mau encaminhamento desse material, espera-se que sua produção cresça até 40% até 2030. É uma notícia alarmante! Sem contar que o tempo de decomposição do plástico é de mais de 500 anos!


De posse de todas essas informações, várias pessoas têm tomado iniciativas para frear a destruição do planeta? Entre elas está o Julho Sem Plástico (Plastic Free July, em inglês) é um movimento que nasceu na Austrália em 2011 com Rebecca Prince-Ruiz. Desde então a iniciativa já ganhou diversos apoiadores em todo o mundo e se tornou uma organização em 2017. Segundo o site oficial da organização, em 2020, mais de 326 milhões de pessoas em 177 países fizeram parte do desafio, o qual começou a ser mais conhecido em 2018.



Durante todo o mês de julho há o desafio do Julho Sem Plástico que consiste em diminuir o consumo de plásticos de uso único no dia-a-dia em casa, na escola, no trabalho, na comunidade… onde der! A partir de pequenas mudanças de hábito durante o mês (8 em cada 10 pessoas mantém o hábito depois de julho), em que é possível repensar suas atitudes e o que elas podem causar no planeta (como já diz nosso lema no SJDR Lixo Zero), tem-se um impacto enorme na quantidade de plástico consumido e do consequente lixo produzido.


A ONG São João del-Rei Lixo Zero faz parte desse movimento desde o ano passado. Confira , quando postamos conteúdo sobre o assunto todos os dias do mês. Não deixe de ir no nosso Facebook e no Instagram para rever o que foi falado. Além disso, este ano não vamos deixar ninguém na mão, temos toda uma programação sobre o tema vindo por aí.


São mudanças simples, e algumas vamos citar no próximo texto do blog, então fique atento!


No mais, te convidamos a fazer parte desse movimento e deixar um impacto positivo para o planeta.


Fontes:



 


Quem escreve: Gabriela Panhol


Gabriela Panhol é graduanda em engenharia elétrica. À primeira vista não parece que foi isso o que ela escolheu para a vida dela, mas a verdade é que ela gosta de muita coisa. Seu sonho é que o mundo tenha um futuro melhor e se pareça com tudo o que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU pregam. O caminho é longo, porém, o destino é bonito.



49 visualizações2 comentários

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2 komentáře


Henrique Estrela
Henrique Estrela
07. 7. 2021

Não sabia dessa iniciativa do julho sem plástico.


Mas é essencial que o uso seja freado.

Vou espalhar para pessoas que quanto mais melhor.

To se mi líbí

thaisbbranquinho
thaisbbranquinho
06. 7. 2021

Já estou a postos pra participar do movimento! Vamos juntos "desplastificar" o planeta 😍

To se mi líbí
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